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25/06/2019 | Plusoft

Marketing One to One: uma questão pessoal

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Você entra em um café e uma das coisas que logo chama a atenção é que as opções clássicas de café com leite/café puro não estão mais sozinhas. O cardápio ganhou muito mais linhas e diferentes sabores do nosso cafezinho. É o café matte, o café meio ao leite, o café amargo, o café descafeinado, o capuccino, o café com gotas de chocolate…E, confesse, você já se viu degustando alguns desses tipos. Estou errado?

Pois é. Essa experiência da cafeteria é só uma dentre as milhares que existem nos dias de hoje, é o Marketing One to One mais vivo do que nunca! Ou você também já não teve a proximidade com uma consultora Avon que parecia saber t-u-d-o sobre seus gostos, preferências e necessidades? E essa daí, sejamos francos, usou e usa bastante dos dotes dessa estratégia.

Para recordar, o Marketing One to One é uma estratégia altamente assertiva, que se transforma em uma técnica ainda mais poderosa, com um bom CRM, em que a marca faz de tudo para conhecer a fundo o consumidor, suas preferências individuais e coletivas, seus hábitos, seus desejos expressos ou não. Tudo isso com o objetivo principal de adaptar o marketing de acordo com suas necessidades. De uma forma mais direta, é aquele famoso “eu sei o que você fez no verão passado, o que vai fazer nesse e no próximo” do vendedor com o consumidor, por exemplo. 

 

Só que a grande sacada desse tipo de marketing está no seguinte: a ideia não é exatamente chamar a atenção do cliente, mas sim manter a atenção desse consumidor no seu produto ou serviço. É conseguir pescar no ar quando o cliente fica com os olhinhos brilhando. 

Vamos sentar e tomar um cafezinho?

 

Se até pouco tempo essa estratégia estava ficando esquecida (ou será que o alarde da tecnologia que está nos nossos bolsos foi maior?), agora essa página está sendo virada. Do fundo da gaveta para a segunda década dos anos 2000, a estratégia nunca se mostrou tão eficaz nos dias de hoje.

O que parece incrível e ter enorme potencial, como as tecnologias fast-sales, para vender mais e mais, a partir de agora começam dar espaço novamente a um marketing cozy, desenhado a dedo, para responder a uma necessidade cada vez maior de o cliente se sentir único em cada contato e very, very, very, special

Se você não pode sentar e tomar um cafezinho com o cliente, para ter aquela conversa de encantamento com ele, é bom contar com uma força extra para isso. Os dispositivos tecnológicos ajudam nessa tarefa e podem trazer mastigados alguns dados importantes dessa pessoa. 

 

Lembre-se: não tem como o Marketing One to One vingar se não for estabelecida uma proximidade, um entendimento, uma interação e a concretização de um relacionamento com o cliente. 

 

Então, qual é mesmo o principal desafio quando falamos nessa estratégia? A resposta é simples: conhecer de verdade o cliente. Vá além da agenda com nome, telefone, e-mail, endereço. Estude essa pessoa e os seus hábitos, veja em que ambiente ela vive, como constrói sua rotina, crie a persona certa com base no consumidor real. 

 

Sim. É uma questão pessoal. 

 

Nos moldes atuais, o Marketing One to One está mesmo bem ligado ao Customer Experience (CX). Digamos que o Marketing One to One é a essência, o coração, a forma de trabalhar o CX. Com as informações detalhadas deste cliente, o que passa a ser dito é: nós temos tudo o que pode ajudar você, temos aquilo que você quer e o que você ainda não sabe que quer.

Avon, Netflix, Finding Ferdinand, Amazon, L’Oreal, Spotify são algumas das marcas que tem navegado uma longa onda de profunda compreensão dos seus clientes e, com isso, chegaram a inovações que culminaram até na criação de novos negócios. O que todas têm em comum? A certeza de que sua existência está diretamente ligada ao contínuo e profundo entendimento do consumidor. 

Marketing One to One não é uma técnica que vai extinguir todas as outras. Nem sequer é a técnica mais nova do pedaço. Mas, talvez, seja a que jamais vai se tornar desatualizada. Seja em que século estivermos, o Marketing One to One será uma questão pessoal, de: “I see you”, do Avatar, “Eu enxergo você”. Uma questão humana que deve estar entranhada em todo profissional de Marketing. 

 

Por Solemar Andrade, CEO da Plusoft