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Publicado em 23/02/2021

• Plusoft

2 minutos

Mario Sérgio Cortella: “Empresas de tecnologia precisam ter ‘pés de chumbo e asas’”

Durante evento para marcar rebranding da Plusoft, professor e filósofo falou da relação entre humanidade e progresso tecnológico 

O professor e filósofo Mario Sérgio Cortella foi convidado pela Plusoft para falar sobre humanização e tecnologia, durante o evento realizado na última terça-feira (23) para marcar o rebranding da companhia. Em sua apresentação, o palestrante abordou o lado mais “suave” da matemática, que se encontra em sua aplicação para resolver problemas da vida humana e por sua aplicação se passar em um plano mais abstrato. 

“Quando você imagina o mundo da matemática e aquilo que dela decorre, ela é poesia. Afinal, ela não tem nada que seja real. Você nunca viu uma matriz caminhado, nunca viu um triângulo sentado, tomando café. A matemática lida com a pura abstração e por isso ela é magnífica na condição de nos auxiliar.” 

Continuando seu paralelo entre humanidade e tecnologia, Cortella também relembrou uma frase do pensador, matemático e físico René Descartes, que dizia que um filósofo é alguém que tem “pé de chumbo e asas”. 

“Alguém que só tem pé de chumbo não consegue ir além do óbvio. Alguém que só tem asas fica planando ou flanado e não pousa naquilo que é o mundo real e concreto. Por isso […] quando uma organização se dispõe a pensar o lugar da tecnologia à serviço da vida humana como sendo o princípio diretivo de ação, isso resulta das asas que ela tem, mas sem deixar de ter o pé de chumbo, que a faz ficar centrada.” 

Tecnologia como mola propulsora do futuro 

Falando sobre a momento atual, o professor ressaltou a necessidade de pensar no longo prazo, a fim de tomar decisões que, na medida do possível, sejam encaradas de forma positiva no futuro. 

“Eu gosto de lembrar de uma frase de um ator do teatro e do cinema francês do século 20, ele dizia que ‘o futuro é o passado em preparação’.  Qual passado nós vamos ter daqui a vinte, trinta anos? […]Em outras palavras, esta geração de homens e mulheres que somos, terá edificado qual o legado? Em relação à vida, ao apoio solidário, à capacidade de ter uma tecnologia à serviço da vida.  Qual é o nosso legado?”, explica. 

Cortella reforça a importância de olhar se olhar o futuro de forma estratégica e realista, de modo a fazer o melhor com as condições que serão apresentadas e utilizando a tecnologia para garantir melhor qualidade de vida.  

“Passado é referência, não é direção. Por isso, quem quiser uma evolução positiva em vez de uma evolução negativa precisa ser capaz de olhar também ao mundo da tecnologia como um suporte, um apoio pra que a gente proteja o futuro e ao mesmo tempo edifique o passado. Que ao ser olhado daqui algumas décadas […] que a gente seja capaz de não se envergonhar daquilo que fizemos.” 

Por fim, o filósofo salientou a necessidade de mais empresas desenvolverem iniciativas que contribuam para o bem-estar de todas as pessoas, de forma a criar uma sociedade com maior qualidade de vida. 

“É importante ter a perspectiva de não reduzir os seus negócios a meros negócios, apenas na sua função. Tem de ter competitividade, lucratividade, rentabilidade e produtividade, mas tem que ter também a sustentabilidade. Não só no campo ambiente em geral, mas na vida e nas suas expressividades.” 

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