Durante painel do Super Bots Experience, profissionais da área falaram como a tecnologia de voz já é utilizada no País e os potenciais do mercado de voicebot nos negócios
O uso de voz no atendimento por robôs (por URAs avançadas ou para a transposição do atendimento por texto) cresce de forma contínua no Brasil e sua utilização só deve se expandir nos negócios. Para as empresas, o momento é de se preparar para melhorar suas tecnologias e ser capaz de atender essa demanda que está por vir.
Durante a sétima edição do Super Bots Experience, seminário pioneiro no Brasil sobre chatbots e inteligência artificial, profissionais do setor falaram sobre as vantagens do uso da voz e como ela tende a ser cada vez mais estratégica como ferramenta de vendas.
O painel focado no mercado de voicebot contou com a presença de Bruno Alves, vice-presidente sênior de Marketing e Inovação da Plusoft; Auana Mattar, CIO da operadora TIM; Maurício Castro, diretor de marketing e transformação na Atento; Sirlene Honório, diretora de marketing no CPQD; e Talita Taliberti, country manager da Alexa na Amazon.
Acessibilidade é um dos pontos-fortes dos voicebots
Durante o encontro, Alves falou sobre como a Plusoft está se preparando para auxiliar as marcas na oferta de voicebots, com destaque para o monitoramento e melhoria de respostas: “Temos um time de curadoria muito grande, que atua há mais de seis anos nessa área. E isso faz muita diferença na hora que você vai trabalhar com inteligência artificial, porque a curadoria é algo que melhora constantemente a experiência do usuário.”
O executivo também destacou a importância da integração dessas novas com os sistemas já utilizados pelas empresas. “Acreditamos bastante nas integrações para atender solicitações cada vez mais complexas, deixando o atendimento humano para atuar naquilo que ele precisa e economizar o bem mais precioso, que é o tempo. Por isso, nós da Plusoft estamos nessa busca constante pela melhora do relacionamento e da humanização dos canais.”
Falando sobre os benefícios dos chatbots, Alves ressaltou como a ferramenta facilita a comunicação para diferentes públicos, desde pessoas mais velhas ao público-alvo com dificuldades motoras e com maior dificuldade para se comunicar por texto. Ou mesmo pela questão da analfabetização funcional, que ainda é muito presente no País.
“Muitas vezes, os brasileiros utilizam a voz nos canais de mensagem porque ele está em um ambiente que ele não pode falar. Por isso, a voz se torna um canal mais democrático de acesso entre clientes e marcas.”
Futuro do voice commerce
Ao final do evento, o profissional também ressaltou o papel crescente do uso de voz nas estratégias de venda das marcas, por meio de voicebots que sejam capazes de executar e finalizar operações financeiras entre clientes e usuários mesmo em tarefas mais rotineiras.
“Vamos dizer, por exemplo, que eu preciso comprar café. Acredito muito na integração desses assistentes virtuais com as marcas para realizar a compra. Acho que a funcionalidade de lista de compras que já existe na Alexa já é o primeiro passo chegarmos nessa solução.”