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10/05/2021 | Plusoft

Microlearning e Gamificação são aliados no desenvolvimento profissional

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Nos últimos anos, a educação digital já vinha como uma tendência nas empresas para treinamento e capacitação de funcionários, e o crescimento dessa modalidade de ensino refletia esse progresso, causado principalmente pelo desenvolvimento de novas tecnologias de acesso à internet e pelo tempo cada vez menor que as pessoas dispunham para se dedicar aos estudos. 

Com o agravamento da pandemia, causado pelo novo coronavírus a partir de março de 2020, colaboradores e companhias se viram obrigados a utilizarem os meios eletrônicos como forma de comunicação e de qualificação, já que o trabalho home office tornou-se quase que obrigatório para grande parte dos profissionais.  

A mudança repentina na rotina, no entanto, não trouxe mais tempo para que as pessoas pudessem se dedicar à própria capacitação profissional, já que os cuidados com a casa e com os filhos se somaram às atividades do trabalho.  

Diante de todos esses desafios, a tecnologia tem sido uma grande aliada no processo de desenvolvimento profissional, não só por permitir que as pessoas possam se conectar a outras com segurança, mas também por trazer à tona conceitos de aprendizagem alinhados a essa realidade, como o microlearning e a gamificação.

Cada um deles está associado às necessidades de aprendizado e são fórmulas que ganham, a cada dia que passa, mais espaço no mundo profissional, devido às facilidades que cada um proporciona e o retorno que trazem. 

Microlearning: aprendendo no seu tempo 

O microlearning é um método de aprendizagem mais curto e diretamente focado, transmitindo conteúdos em pequenos espaços de tempo sobre determinadas atividades. Ele é criado para ser mais dinâmico e trabalhado em pequenos blocos, pensado na forma como as pessoas se mantêm interessadas em um assunto. 

Estudos indicam que o tempo de atenção hoje em dia é de apenas oito segundos. Em uma aula comum, dentro da sala de aula, o período de concentração dos alunos em uma matéria é em média de 20 minutos. 

Esses pequenos espaços de atenção têm modificado a forma como as pessoas aprendem e o que é preciso para que elas se mantenham concentradas para novos aprendizados. Com isso, o microlearning tem se tornado a cada dia mais importante.  

Com ele, é possível focar em apenas um conteúdo por vez, didaticamente mais simples e diretamente direcionado para que o aluno ou colaborador, no caso das empresas, apliquem o que aprenderam logo após assistir ou fazer a aula. 

Ele é planejado para trazer resultados mais rapidamente e não ficar preso às formas tradicionais de aprendizagem que estamos acostumados e que levam muito tempo para ser sentidas. 

Vantagens do microlearning 

Atualmente os cursos de Ensino a Distância (EAD) ganham cada vez mais espaço e reconhecimento e estão se tornando a saída ideal para momentos de home office e para profissionais com o tempo cada vez mais escasso. 

Devido às vantagens e às facilidades, aprender sem precisar deslocar equipes, ou necessariamente organizar um horário fixo durante o expediente, se tornou uma boa motivação para empresas que buscam capacitar seus colaboradores.  

Por estarmos cada vez mais conectados e dependentes de aparelhos eletrônicos, hoje dificilmente se vê uma pessoa sem um smartphone, tablet ou celular na mão, separar um tempo, aquele em que se está parado no trânsito, por exemplo, para adquirir conhecimento é uma boa saída.   

E com o microlearning isso é inteiramente possível. Poder assistir aulas ou ver vídeos focados no que é necessário aprender em qualquer momento do dia ou qualquer lugar é o ponto de partida para quem precisa melhorar sua capacitação profissional, ou realizar algum treinamento em sua área de atuação. 

As empresas estão se voltando cada vez para o método de microaprendizagem, justamente por ser possível criar conteúdo de rápida aprendizagem para que o colaborador não precise parar suas atividades diárias, pois não é preciso sair totalmente de sua rotina para concluir seu estudo. 

Em vez de deslocar os funcionários para grandes reuniões ou treinamentos, criar conteúdos curtos para que cada um acesse, de forma separada, se torna uma saída mais viável e econômica. 

O tempo é um dos principais fatores do crescimento para o microlearning e não só o colaborador aprenderá mais rápido, como poderá aplicá-lo após finalizar o que aprendeu, como também irá ter tempo para buscar novos conhecimentos.  

É possível também que, caso haja atualizações ou novidades dentro da empresa, o tempo necessário para desenvolver novos conteúdos explicando ou ensinando as novidades, seja feito de forma mais rápida.  

O microlearning também pode ser de fundamental ajuda para pessoas que já tem uma formação acadêmica, mas precisam rever um conteúdo específico ou precisam focar em um melhor aprimoramento técnico. 

Sabemos que, ainda que uma graduação dure ao menos quatro anos, muitos conteúdos acabam por não serem totalmente aprofundados. Com o microlearning a empresa pode oferecer a seu profissional cursos mais focados em suas necessidades dentro da companhia, otimizando o tempo de estudo para que as novas habilidades possam ser prontamente aplicadas.  

Hoje, dentro de um mercado cada vez mais competitivo, ter um profissional cada vez mais capacitado e aprimorado nas demandas necessárias para o crescimento de uma empresa pode ser o diferencial para o sucesso.   

Aplicações do microlearning 

Não basta apenas ter conteúdos rápidos e bem planejados para que o microlearning faça sucesso, ainda é preciso que o aluno ou colaborador se interesse pelo que é passado. 

Cada aula costuma ter em média de três a cinco minutos. Dentro de uma aula comum, passamos muito tempo vendo apenas um único tópico ou assunto, mas sem aprofundá-lo como deve ser.  

Com o microlearning vamos direto ao que é necessário. E deve-se criar conteúdo que possa ser acessado de qualquer aparelho eletrônico, como tablets, smartphones ou computadores. 

Criar vídeos é uma forma bem simples e fácil de transmitir conhecimento. E é o que muitas pessoas buscam quando precisam tirar dúvidas ou aprender algo novo, veja o exemplo do YouTube.   

Com os novos celulares e smartphones cada vez mais práticos e simples de usar, não é preciso muito para fazer um vídeo com boa resolução e editá-lo para que alguém o assista. Hoje a qualidade é tamanha que não é preciso gastar com grandes equipamentos. Basta boa comunicação e criatividade. 

As empresas podem criar pequenos conteúdos para explicar aos colaboradores novas aquisições ou procedimentos, que tratados em reuniões desperdiçariam muito tempo. As aulas também podem ficar disponíveis para serem acessadas diretamente de um ambiente virtual de aprendizagem da própria empresa, e acompanhadas a qualquer momento. 

E para que seja verificado o que foi aprendido e ter feedbacks mais rápidos dos colaboradores, podem ser criados quizzes ou avaliações com perguntas e respostas rápidas sobre o que foi ensinado para verificar o quanto cada pessoas absorveu do assunto. 

É possível também criar podcasts para serem ouvidos e deixá-los disponíveis para downloading, facilitando para que o colaborador tenha acesso ao conteúdo enquanto pratica uma outra atividade durante o trabalho ou mesmo fora dele, por exemplo quando estiver indo embora no carro ou dentro do ônibus.  

E, ainda que não seja o mais procurado pelas pessoas, criar posts em um blog ou pedir para que especialistas de determinadas áreas produzam artigos explicando sobre temas relevantes ou abordando as novidades do mercado pode e deve ser incentivado.  

Para atrair a atenção daqueles que estão em busca de desafios e querem sempre resolver os problemas mais complexos, criar jogos que aplique o que foi aprendido para solucionar e buscar bons resultados é mais um fator interessante que o microlearning pode proporcionar. 

A utilização de games para o aprendizado tem se tornado cada vez mais constante e uma boa ferramenta que, unida ao microlearning, pode trazer bons resultados. 

E é sobre a utilização de jogos, conhecido hoje como Gamificação, que falaremos no próximo capítulo. 

Gamificação 

É interessante notar que, ainda que o foco das pessoas tenha diminuído, quando se trata de assuntos ou temas de que elas gostam é normal manterem-se concentradas por um tempo razoavelmente longo. 

Pense no tempo que você passa lendo seu livro favorito, assistindo a um filme ou mesmo quando passa horas jogando vídeo game até conseguir finalizar um jogo. Isso demonstra o quanto nos empenhamos em fazer algo, para atingir um objetivo, quando ele nos agrada. 

Na Gamificação, ou Gamification, no termo em inglês, o conceito é justamente esse: proporcionar de forma lúdica, através de objetivos, regras e desafios o engajamento, a interação e a dedicação para se alcançar objetivos cada vez maiores, dentro de uma narrativa agradável para as pessoas. 

Veja, por exemplo, o sucesso e as mudanças que o jogo Pokémon Go, produzido para celulares e smartphones, proporcionou para muitas pessoas ao redor do mundo nesses últimos anos.  

O objetivo não é apenas capturar os monstrinhos dentro do jogo, mas sair e andar por vários lugares para que os Pokémon apareçam e sejam capturados e assim completar a coleção. 

Pessoas que não tinham o hábito de fazer exercícios físicos passaram a fazer caminhada, independentemente da idade que tinham, motivadas pelo que o jogo proporcionou a elas. 

Hoje, o jogo se une a outros aplicativos que registram o quanto os “treinadores”, ou seja, as pessoas caminharam, marcando as distâncias percorridas e a quantidade de passos dados, revertendo em bônus dentro do jogo. 

A gamificação vêm ganhando também espaço nas empresas por fugir dos padrões e dos modelos normalmente utilizados e que já há muito tempo não satisfazem e nem trazem melhores resultados. 

Gamificação unida ao microlearning 

Dentro dos jogos é preciso que o jogador se mantenha empenhado em solucionar problemas e assim conseguir atingir novos níveis de dificuldade.  

Tanto na gamificação quanto no microlearning é preciso pensar primeiro nas metas que cada atividade deverá atingir. Sempre que iniciamos um novo trabalho, seja ele aprender ou simplesmente passar o tempo, a ideia é atingir um objetivo.  

As práticas de cada um podem trazer vantagens que, pensados na vida cotidiana, ajudam a acrescentar novas qualidades e capacidades, como a concentração, o comprometimento, a interação e a iniciativa para superar os obstáculos. 

O aprendizado com cursos gamificados deve gerar sentimentos de conquistas e garantir que o aluno busque sempre ser o melhor no que faz, através de desafios que o estimulem a seguir em frente e não desistir.  

Com a gamificação, os erros cometidos podem ser corrigidos e servir de feedback, trazendo um retorno imediato, da mesma forma que o aprendizado no microlearning, que pode ser aplicado na prática logo que for terminado.  

Gamificação e educação 

A gamificação na educação deve servir para tornar o aprendizado mais prazeroso. Muitas pessoas começaram a entender a língua inglesa, por exemplo, passando horas jogando 

Hoje temos o exemplo do Duolingo, que por meio de pontos e desafios estimula o aprendizado de línguas estrangeiras. 

Para começar a utilizar a gamificação na educação pode-se pensar, em um primeiro momento, na criação de atividades sistemáticas que levem os participantes a novos níveis sempre que se chegar a uma determinada pontuação.   

Deve-se estimular para que sejam buscados novos objetivos, levando cada conquista a um novo nível, com desafios maiores e melhores recompensas. Cada passo deve fazer sentido e a pessoa que está realizando os cursos não poderá perder o foco sobre o que está fazendo.  

Para quem gosta de leitura pode ter como exemplo de gamificação a série de livros do Harry Potter. Na escola do bruxo, existia uma competição interna entre as quatro casas da escola e o vencedor seria a casa que somasse mais pontos ao final do ano letivo.  

Os pontos eram ganhos através das respostas certas que os alunos davam aos professores. Da mesma forma, pode-se criar grupos de estudos e criar pontuações de acordo com as respostas dadas pelos alunos.  

Jogos de tabuleiro ou caça ao tesouro que contenham boas narrativas podem ser aplicados, utilizando os conteúdos dados em sala de aula, fazendo com que os alunos aprendam e acumulem conhecimento, ajudando no desenvolvimento da criatividade.  

Nas empresas 

A gamificação nas empresas pode servir tanto atrair e fidelizar os clientes quanto para incentivar os colaboradores a serem mais prestativos, engajados e unidos na busca por melhores resultados. 

Dentro das empresas é preciso criar estratégias e ter um planejamento que procure alcançar objetivos, mas que faça os colaboradores se dedicarem em ajudar a empresa a crescer.  

A gamificação não deve servir apenas para estimular a competição entre as pessoas, mas para que elas se dediquem a um objetivo maior, pensado na melhoria de todos, através de formas a tornar a convivência mais saudável. 

Para os gestores servirá como feedback para saber o que é preciso melhorar na empresa e como aplicar soluções, gerando uma maior participação dos colaboradores. 

Já pensou em criar pontos ou bônus para o funcionário do mês? Aquele que sempre chega no horário, bate as metas desejadas e agrega valor à empresa, estando disposto a ajudar os demais companheiros.  

A gamificação pode colaborar com o marketing, na medida em que ele ajuda a divulgar produtos e traz benefícios para o consumidor. É possível utilizar um sistema de pontuações que acumule e com o passar do tempo traga descontos para futuras compras.  

Empresas de viagens fazem isso, elas acumulam pontos nos cartões dos clientes, aumentando o número de milhas das viagens que, quando chegam a determinado valor, podem ser utilizadas para descontos nas próximas compras.  

Conclusão 

O sucesso no futuro estará reservado para aqueles que buscam estar a todo momento atualizados com o que está acontecendo. A busca por conhecimento e o engajamento em se aprimorar cada vez mais fará com que as pessoas se tornem melhores profissionais. 

A tecnologia está sendo a cada dia mais aperfeiçoada. Unida com o microlearning podemos gerar e reter mais conhecimento de forma prática e rápida, aprender novas habilidades e aprimorar as capacidades para os novos rumos que o mundo está tomando. 

A gamificação veio para facilitar e tornar o processo de aprendizagem mais atrativo e interessante, gerando maior desempenho e tornando as pessoas cada vez mais motivadas a buscar por novos desafios e melhores resultados. 

Atente-se para cada um desses pontos e encontre as soluções que serão mais viáveis as suas necessidades e comece agora a pensar no profissional que você irá ser no futuro.