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Publicado em 09/10/2024

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2 minutos

Automação Hospitalar: Quando ela cria barreiras ao invés de pontes

Por Marina Romero– Responsável pelo setor de Saúde da Plusoft

A busca pela eficiência nos processos hospitalares tem sido uma prioridade nos últimos anos. Com o avanço tecnológico e a pressão crescente para otimizar recursos, muitos hospitais têm recorrido à automação como solução para agilizar procedimentos, reduzir custos e melhorar a experiência do paciente. No entanto, nem sempre a automação entrega o que promete. Em alguns casos, ela pode criar barreiras significativas, ao invés de pontes, complicando fluxos que deveriam ser simplificados.

O lado bom da automação

É inegável que a automação traz muitos benefícios ao setor de saúde. Do agendamento automatizado de consultas ao monitoramento remoto de pacientes, esses sistemas permitem que profissionais de saúde tenham mais tempo para focar em atendimentos críticos, em vez de se perderem em tarefas administrativas repetitivas. Além disso, a automação ajuda a garantir que dados importantes estejam disponíveis em tempo real, reduzindo erros humanos e acelerando diagnósticos.

Quando a automação se torna uma barreira

Contudo, em alguns contextos, o que parece ser uma solução prática pode acabar se tornando um obstáculo. Um exemplo clássico é quando sistemas automatizados são implementados sem uma visão clara da jornada do paciente e do fluxo de trabalho dos profissionais de saúde. Em vez de integrar e facilitar, a automação mal planejada pode resultar em:

  1. Fragmentação de processos: Sistemas que não se comunicam entre si acabam criando silos de dados, o que vai contra o princípio da interoperabilidade. Isso obriga os profissionais de saúde a realizar várias etapas manuais para consolidar informações, gerando retrabalho.
  2. Desumanização do atendimento: A automação excessiva ou mal utilizada pode afastar os profissionais da relação com o paciente. Quando se privilegia a interação digital em detrimento do contato humano, corre-se o risco de perder a confiança e o engajamento do paciente.
  3. Curva de aprendizado complexa: Se os sistemas automáticos forem complexos demais ou mal adaptados à realidade do hospital, os profissionais precisam gastar um tempo precioso para aprender a usá-los, o que pode impactar negativamente a produtividade e a qualidade do atendimento.
  4. Falta de personalização: Nem todos os pacientes são iguais, e a automação precisa levar isso em conta. Sistemas inflexíveis podem falhar ao lidar com nuances e necessidades individuais, afetando diretamente a eficiência do cuidado.

O papel da interoperabilidade e da visão integrada

A chave para que a automação seja de fato um facilitador é garantir que ela seja implementada com uma visão integrada do ecossistema hospitalar. Sistemas interoperáveis, que conseguem conversar entre si e oferecer uma visão completa do paciente, são essenciais para evitar as barreiras criadas pela fragmentação de dados. Além disso, a tecnologia precisa ser desenhada para dar suporte aos profissionais de saúde, e não para substituí-los ou tornar suas rotinas mais complicadas.

Como garantir que a automação construa pontes?

Para que a automação se torne uma verdadeira aliada da eficiência hospitalar, algumas boas práticas devem ser seguidas:

– Escuta ativa: Entender as necessidades dos profissionais de saúde e dos pacientes é fundamental para que a automação seja bem-sucedida.

– Testes e ajustes contínuos: Sistemas automatizados devem ser adaptáveis e ajustados constantemente, garantindo que eles estejam sempre otimizados para a realidade da instituição.

– Foco na humanização: A tecnologia deve servir como uma extensão das capacidades humanas, e não como uma barreira para a relação médico-paciente.

– Parcerias estratégicas: Trabalhar com fornecedores que entendam a importância da interoperabilidade e da personalização pode ser o diferencial para o sucesso de uma automação bem implementada.

A automação tem um grande potencial para transformar a eficiência hospitalar, mas, sem uma visão estratégica e humana, pode acabar criando mais desafios do que soluções. Para que ela construa pontes, é necessário garantir que os sistemas sejam integrados, flexíveis e centrados tanto nos profissionais quanto nos pacientes. Somente assim alcançaremos uma saúde verdadeiramente eficiente e humana.

A Plusoft pode ser uma grande aliada nesse processo, oferecendo soluções que cuidam da jornada completa do paciente, garantindo uma comunicação personalizada e integrada. Com nossa expertise, facilitamos a integração com os diversos sistemas da área da saúde, promovendo uma experiência mais fluida e eficiente para todos os envolvidos. Além disso, contamos com uma plataforma de LXP (Learning Experience Platform) que possibilita a capacitação contínua dos colaboradores, garantindo que estejam sempre atualizados e preparados para lidar com as novas tecnologias e desafios do setor. Nossa missão é ajudar as instituições a automatizar com inteligência, colocando a eficiência a serviço da humanização e da excelência no atendimento.”

Marina Romero

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